segunda-feira, 13 de julho de 2009

A de Amigos

"Só amantes, amores de recato, intransmissíveis pelo escândalo, que serve como anestesia de desejos. Um império de lumes, luminoso como uma lâmina. O desejo demorado de dor. O corpo a aprender tudo ao contrário. Perro de pudor e depois preso de paixão. Da primeira vez pensaram que era só uma noite de lua cheia... Da segunda vez tremeram... Depois... depois não se lembram exactamente o que aconteceu." (A instrução dos amantes)

Primeiro diz-me que agora só falta casarmos os dois...em jeito de brincadeira! O que ele queria sei eu bem, era sacar-me um sorriso...e conseguiu, o sacana!
Em conversa, dou por mim a questionar a minha capacidade de ser feliz assim, para sempre!
Não com ele, nem com ninguém em especial, mas uma coisa mais existencial...
Tendo em conta que para tomar uma decisão dessas tinha que ter a certeza que era para ser feliz...e olho à minha volta e vejo pouco disso...será que algum dia vou conseguir ter a certeza que vou ser feliz sempre com alguém? que vou conseguir fazer alguém feliz?
Porque é uma coisa dificíl! Muito difícil eu acho!
E quando falo em ser feliz, não tem nada a ver com amor eterno e essas tretas, porque isso deve ser tão utópico e tão dificil e tão complicado, que até nos contos de fadas eles optam por resumir isso ao célebre "e viveram felizes para sempre". Quando falo em ser feliz, gosto de pensar de forma inteligente, é ser capaz de encarar as coisas com cabeça e saber viver bem pra poder ficar eu bem e deixar os outros bem também! E isto acho que não é uma tarefa nada simples...
Não posso dizer com leviandade, simplesmente, que sei que sou capaz!
Espero ser!
Para o meu bem e das pessoas que me rodeiam e que eu amo e com quem faço questão de ser feliz!

E será que o que sinto por alguém que é meu amigo se pode chamar de amor? (fez-me ele esta pergunta difícil)
Se o incluo nas pessoas que me rodeiam e que faço questão de ver e sentir felizes... e porque também me faz feliz a mim, acho que posso dizer, sem estar a ser leviana no uso dessa palavra (porque não gosto nada de o fazer), que sim! E nestes dias dificeis que passaram ele fez me sentir isso bem!
Porque há alturas em que inevitavelmente olhamos à nossa volta e ponderamos aquilo que vemos e aquilo que sentimos! e neste momento não o encaixo na prateleira das pessoas de quem simplesmente gosto, e nem naquela das pessoas que adoro. Porque me "cativou", porque sei que o "cativei" também... e isso torna-o mais especial para mim!
Especial como??
Não sei! E sinceramente...há muito que deixei de fazer questão de querer saber!
E se ele me ama de volta, na mesma proporção ou noutra diferente? Não sei! E também não quero saber!
Acredito que sim...e isso basta-me!

1 comentário:

  1. Em resposta à tua pergunta: "E será que o que sinto por alguém que é meu amigo se pode chamar de amor?", atrevo-me a responder... Sim, porque não!? E depois ainda por cima, explicaste-o tão bem nas linhas seguintes...
    ;)

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