"A tua alegria era um vírus incurável. Chamava-te Sininho porque, como a fada de Peter Pan,
refilavas muito e espalhavas pó de ouro em tudo o que tocavas. Em contrapartida eras temperamental e chorosa,
hiper-sensível.
E tinhas uma excessiva
tendência para a vingança,
que acabou por se me colar à pele.
Mas até aquilo
a que eu mais resistia em ti
se tornou carne da minha carne.
Adoptei-te amores e ódios.
Era teu amigo.
Nunca me cansei de ti;
cansei-me apenas
do teu cansaço de ti mesma."
(Inês Pedrosa, Fazes-me falta)
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